12/12/2013

E A RETROSPECTIVA...


Não. Não foi o fim. Mas também não foi uma renovação, renascimento. 2013 se arrastou moribundo mais como um filme de zumbis do que como uma conquista ou uma condenação derradeira. Eu não diria que foi dos piores anos porque já estou nos trinta... ok, trinta e dois... ok, trinta e SEIS e já tenho muitas lembranças nefastas pela vida, mas foi um péssimo, péssimo ano.


A turma até que estava boa na virada. 


A virada já começou TERRÍVEL. Ok, eu estava no meu lugar favorito do mundo (Floripa), eu estava entre amigos, mas passei a madrugada do dia 31 no hospital com um menino que quase morreu de leptospirose, quase fui linchado por salvar uma cobra, estava fodido de grana e o clima ainda estava frio e chuvoso.

Tentando sorver um pouco do sol.

 Daí, como uma prova de como o ano não teve muito o que oferecer, já pulamos para MAIO, meu aniversário, que foi bem bacana graças às iniciativas dos brothers Luis Fernando e Carlos Fortes que organizaram uma festinha deliciosa como eu não fazia há tempos.

 O começo.


E o fim.

Daí, (na metade do ano, porque basicamente ignorei o primeiro semestre em que nada aconteceu) fui lançar livro na Europa - uh-hu.  Teve minha turnê pela Espanha, para o lançamento de Masticando Humanos. A editora se empenhou; exigiu-se que eu dormisse pouco e rodasse muito, para eventos que muitas vezes não tinham retorno algum. Mas sempre é bom circular. Ainda mais pela Europa. E para mim foi uma viagem mais divertida pessoalmente do que profissionalmente.

Das boas lembranças da turnê espanhola.

Dos bons bate-papos. 


Aqui sei lá o que eu estava dizendo...

De qualquer forma, com essa viagem também pude conhecer Portugal (!), que integrou o 24o país da minha lista. Não sei por que demorei tant... Ok, sei, sei bem. A gente não vai para Portugal porque acredita que já sabe bem o que vai encontrar. E não quer ir para a Europa para falar português. Mas Portugal me deu uma visão bem enriquecida (se não poso dizer "surpreeendente") do que eu já esperava. Lisboa foi das cidades mais lindas que já conheci, com comida das mais deliciosas. Adorei muito conhecer. E fiquei com vontade de mais.

Lisboa. 


A edição italiana. Gostei da capa. 

O livro também foi lançado na Itália. Mas eu nem fui, nem vi, o livro ainda nem chegou na minha casa. Espero que repercuta e que em breve eu possa aparecer por lá - porque Itália é dos países que ainda não conheço.

Em agosto participei novamente do "Sempre um Papo", em Belo Horizonte, que sempre é belissimamente organizado e divulgado.


Fliporto.

Agora em novembro estive na Fliporto. Meu debate no espaço "jovem" foi um pouco conturbado. Não dava para falar a sério sobre literatura, era um público mais novo do que o meu, mas também valeu pela viagem, os bate-papos de bastidores com Andrea del Fuego, Cristhiano Aguiar, Mona Dorf e Andres Neuman, e Olinda é sempre encantadora.

(Foto: Mário Miranda)

Na Balada Literária mediei um papo com Ricardo Ramos, Estrela Ruiz e minha mãe, Elisa Nazarian. Também houve dois lançamentos de jovens afilhados - Mauro Nunes e Hugo Guimarães - e boas festas, neste que é o melhor evento literário de São Paulo.


Leitores mexicanos. 

E semana passada estive no México (o 25o país da minha lista), Feira de Guadalajara, que talvez seja a melhor do mundo. Ótimos debates, ótimas conversas com os colegas, hotel fodástico. Só não precisava ter aquela viagem traumática de ida pela Aeroméxico, que levou um total de 34 horas, esperas intermináveis, perda de conexão, perda temporária de bagagem e uma irresponsabilidade em resolver tudo. Ok, já passou!

Hum... e que mais? De trabalho teve a série de TV "Passionais", escrita com a Paula Szutan e a Mirna Nogueira, que já foi toda rodada, divulgada, mas parece que ainda não tem uma data definida de estreia. Coisas da TV...
Betty Faria é a diva de um dos episódios. 

Foi um exercício bacana. Tive um ótimo relacionamento com as meninas, com a Pródigo, aprendi muito e já estamos conversando sobre uma próxima. É pena que o mercado ainda esteja engatinhando, sem grandes verbas, estruturas, cachês. Em 2013 foi foda ganhar grana em geral.

Fiz muitas muitas traduções, de thrillers, infantis, juvenis, livro de regime e literatura. O que apareceu eu peguei para pagar as contas. Como escritor não ganhei grana não, não colaborei com quase nenhum veículo, só voltei a fazer algumas resenhas para a Folha.

A nova edição. 

Apesar de não ter lançado livro novo, teve esse retorno espontâneo de Mastigando Humanos, que foi leitura obrigatória no vestibular da UEPB, além dos lançamentos na Espanha e Itália. A Record publicou uma nova edição revista por mim. E o livro continua sua vida por aí.

Mas pode deixar, não vou ficar só vivendo das glórias do passado. Ano que vem tem romance novo, pode deixar, romance adulto, um thriller. Já foi entregue para a Record, contrato assinado, adiantamento pago, está previsto para abril.

No mais... o melhor de 2013 foi um loirinho aí... Oito meses de um namoro tranquilo, equilibrado e gostoso.


E o blog continua. Já tem dez anos, meu deus! Preciso dar uma recauchutada no layout, eu sei. É um projeto para o começo de 2014, pode deixar. Também tem outras coisinhas que quero fazer para agitar um pouco a vida e a carreira - aos poucos tenho recuperado minhas vontades.

E se nada der certo... sempre resta o suicídio. Isso, é sempre um projeto possível.


Afoguei


MESA

Neste sábado, 15h, na Martins Fontes da Consolação, tenho uma mesa com o querido Ricardo Lisias . Debateremos (e relançaremos) os livros la...