22/04/2012

PRA LÁ DE BOGOTÁ



De volta a Colômbia (foto de Rodrigo Lacerda).


Em 2007 estive pela primeira vez na Colômbia no mega festival Bogotá 39 (que elegeu os 39 autores com menos de 39 mais importantes da América Latina). Uma experiência incrível  que me deixou com uma ótima impressão do país.



A foto de 2007 (da Verônica Stigger). 

Agora voltei como convidado da Feira do Livro de Bogotá, que este ano tem o Brasil como convidado de honra. Até 1 de maio há uma programação intensiva de mesas, debates e lançamentos com autores brasileiros.


Com Daniel Galera e João Paulo Cuenca, mediados por Mauro Ventura.

Minha mesa foi na sexta, um debate sobre nossa identidade como "escritores brasileiros"  e "escritores universais", nossas experiências fora do Brasil (como autores, turistas e imigrantes) e aceitação (ou não) da nossa obra lá fora. A conversa dava muita discussão, pena que foi uma mesa tão rapidinha, apenas uma hora, sem nem tempo de abrir para participação do público. 



Com o grande Ferrez. Gente boníssima. 

Além das discussões "oficiais", é sempre muito bacana participar desses festivais onde você encontra muita gente do meio, escritores, jornalistas, ilustradores, agentes. Sempre surgem discussões proveitosas nos bares, na noite. Tomei café com o Ferrez, o Ziraldo e o Zuenir Ventura. Tive um ótimo almoço com o Rodrigo Lacerda. Fui ver um show da Anna Cañas e Paulinho Mosca com a Ana Maria Santeiro, o Daniel Galera e mais uma galera (hohoho). Você percebe que muitos dos seus questionamentos são partilhados pelos colegas, tem uma visão mais ampla sobre sua própria carreira. 



Ana Cañas e Paulinho Mosca fizeram shows para a programação paralela da Feira.


Da cidade mesmo eu não aproveitei tanto. Já conhecia aqui, e depois de tantas viagens que fiz recentemente, não estava no menor pique para o turismo. Mas ontem a noite quebrei todas...


Com a queridíssima Paola.

Uma leitora colombiana me escreveu no Facebook, foi assistir minha mesa e me convidou para as noitadas. Fomos ao "Teatron", que eu já conhecia de 2007, mas que não deixou de me impressionar. É uma boate gay imensa, IMENSA, mas com uma proposta bem mais bacana do que essas mega boates paulistanas. São incontáveis pistas (sério, perdi a conta), cada uma tocando um som - eletrônico, drag hits, salsa, rock alternativo - são vários ambientes, dá para se perder fácil-fácil. Você paga mais ou menos uns 25 reais, ganha um copo de plástico duro e tem open bar de cerveja e vodca vagabunda. Não deu nem 5 minutos lá dentro e já vieram meninos me tirar para dançar - isso, tirar para dançar, agarradinho, uma coisa "chorando se foi". Eu não levo jeito para isso, me senti meio o Scharzenegger naquele vídeo antológico do carnaval do Rio nos anos 80, mas deu para ser bem feliz. 

Fico aqui até amanhã, daí volto a SP. Espero que agora que estou de volta ao Brasil, a São Paulo (pelo menos por um tempo) se intensifiquem os convites para eventos literários, porque os últimos anos foram uma lástima. Pelo menos fora do Brasil a coisa está rolando. 


MESA

Neste sábado, 15h, na Martins Fontes da Consolação, tenho uma mesa com o querido Ricardo Lisias . Debateremos (e relançaremos) os livros la...