11/07/2007

"NOBODY LIKES THE RECORDS THAT I PLAY"

"E príncipe da paaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah!"

Sexta agora, dia 13, estarei na Livraria da Vila da Lorena (Alameda Lorena, 1731) , em São Paulo, para ler algumas coisas, conversar com o pessoal que for, etc, etc. Devo ler pela primeira vez um trecho do meu próximo romance (que só sai ano que vem, segundo semestre) e posso autografar os livros anteriores, claro. Começa pontualmente às 20h. Apareça, não me deixe só, não me faça passar vexame.

E... Ai... outro feriado e eu morro. Não devia fazer efeito, já que eu trabalho em casa, né? Mas tudo fica mais silencioso, e o café fica mais forte, e eu não posso ir na academia desopilar, e quando eu vejo já estou jogado nas estrelas, olhando as sarjetas, imaginando como meu quarto seria bonito se eu não estivesse lá dentro.

Ou algo assim.

Daí me pego na frente do PC, vendo os sites mais inúteis do mundo, que ao menos conseguem extrair um leve sorriso, do meu dente inflamado do siso.

Uma vez postei aqui uma crítica ao funk carioca. Reitero. Não dá para aceitar músicas sem melodia, cantores sem voz e versos sem letra como se fosse "expressão de arte popular". É um apanhado de frases de efeito gritadas, feitas simplesmente para chocar pela escatologia. Não dá para admitir como arte, porque não há um desenvolvimento consciente de técnica, nem fundamento nas técnicas já existem. Felizmente, parece que essa febre já passou.

Entretanto, fuçando no YouTube, você consegue encontrar o verdadeiro lugar e função do funk carioca, que nesses casos se torna hilário (para não dizer "genial"). É quando os DJs pegam cenas já existentes - em programas de TV, entrevistas, sermões, diálogos - e descontextualizam com uma batida de funk. Dessa forma, o funk serve como inserção rítmica de pérolas do cotidiano - quase como uma paródia do que o funk "de autoria" pretende fazer. Assim, tudo pode virar música, toda frase pode ser sublinhada, os discursos mais esdrúxulos podem entrar no salão. É o funk como paródia realmente inteligente. E até o trabalho é mais elaborado, porque os DJs realmente têm de se preocupar em sincronizar batida e vozes, encaixar o discurso dentro de um ritmo.

Ai, que merda é essa que estou falando?

Para entender um pouquinho mais:

Funk do Jeremias

http://www.youtube.com/watch?v=YjlrEtl1oYs



Funk da Aula de Sexo:


http://www.youtube.com/watch?v=hEmswlmOHjk




Funk do Tapa na Pantera


http://www.youtube.com/watch?v=nIPxxtejk2g




Funk da Pastora Possuída


http://www.youtube.com/watch?v=5_ep3ZqAi8I

Meu favorito é o do Jeremias. Quem vai dizer que ele é pior do que a Tati Quebra-barraco?

TIREM AS CRIANÇAS DA SALA

(Publicado na Ilustríssima da Folha deste domingo) Do que devemos proteger nossas crianças? Como não ofender quem acredita no pecado? Que ga...