05/04/2005

FECHA, SENÃO EU COMO

Ops, ontem dei uma entrevista na Rádio Eldorado. Mas não deu tempo de avisar. Foi legal, falei bastante sobre o livro novo. Mas o mais peculiar foi que eu estava com soluços...

Emílio Fraia me mandou um email com uma resenha do "Feriado" que iria sair na Trip e agora acho que sai na TPM. É uma resenha bem positiva, apesar de criticar o final.

Muita gente tem reclamado do final. Outros têm adorado. Com certeza é um final inesperado, que satisfaz uns e decepciona outros. Alguns me questionam até se o final deveria ser explicado, se o melhor não era mesmo deixar a trama em aberto. Mas isso eu já fiz demais nos meus outros livros. Essa era a hora de fechar tudo, bem fechadinho. Então, para quem não leu o livro ou ainda não terminou, é bom saber: no final, todo o mistério se explica.

No roteiro que fiz para o filme da Eliane Caffé, o final é igual, igualzinho. Eliane gostou, mas talvez ainda mexamos nisso. O que importa é que eu estou bem satisfeito com o resultado. E sou eu que vou ter de responder por esse livro por um bom tempo (talvez a vida inteira...).

Ai, tô com soluço ainda. Já fiquei 5 dias seguidos assim...

Comprei umas coisinhas interessantes, este final de semana, numa loja de cds usados. Aquele cd novo do Arnaldo Baptista (falecido Mutantes). Bem bizarro, quase demente, o que pode ser visto como genial. Tem algumas coisas interessantes, muitas esquisitas, poucas lindíssimas. Ele toca piano muito bem. E a produção do John (Pato Fu) coloca tudo nos eixos. Ou ao menos parece que a loucura é proposital...

Outro que eu comprei é Marina Lima ao vivo "Sissi na Sua". Ótimo, da fase em que ela já não tem mais voz. Na verdade, ela nunca teve, mas acreditava. Depois que parou de acreditar, começou a sussurrar as letras e deixou as melodias a cargo dos backings e dos teclados, tudo melhorou. Eu só gosto mesmo da Marina assim, depois da queda.

Ai, soluço.

E comprei um cd de jazz da Cindy Lauper (!!!). O mundo seria um lugar melhor se ela tivesse ganho a batalha contra a Madonna nos anos 80. Esse cd novo é quase enganação, essa coisa que todo mundo faz hoje, de regravar canções tradicionais, como fizeram o Rod Stewart e o Caetano, pra conquistar o povo da terceira idade. Mas a voz da Cindy é sensacional. E a versão dela para "Don’t Let Me Be Misunderstood" já vale o cd.

Comprei também o CD novo dos Hanson. Haha, verdade, é uma graça. Gosto bastante dos outros. (mmmmmbop). Até fui num show deles em Porto Alegre. Pô, só porque eles são brotinhos não quer dizer que são uma boy band. Eles tocam. E cantam. E compõem. E fazem meu coração suspirar...

Ai, tô com soluço ainda.

E para completar a tosquice, aluguei no final de semana "Castle Freak", filme de 1995 do Stuart Gordon (Re-animator). Só o nome já mostra a bizarrice que é. Um cara herda um castelo na Itália (tá... hahah) e se muda pra lá com a família. Só que na masmorra do castelo vive um ser bizarro, que está aprisionado lá há anos, se alimentando do que passa pela frente, inclusive partes do próprio corpo (é, essa parte inclusive!). Claro que o bicho consegue fugir e vai comendo todos que vê pela frente. Tem cenas bem violentas de canibalismo explícito. Carlão Reichenbach deve adorar.

Mas não me deu susto o suficiente para passar o meu soluço. Vou cuidar disso agora.

TIREM AS CRIANÇAS DA SALA

(Publicado na Ilustríssima da Folha deste domingo) Do que devemos proteger nossas crianças? Como não ofender quem acredita no pecado? Que ga...